A Ilha Sentinela do Norte faz parte do arquipélago de Andaman, localizado na Baía de Bengala. Está situada a oeste da parte sul da ilha Andamão do Sul e é coberta principalmente por florestas. A ilha é remota, cercada por recifes de coral e carente de portos naturais, distante dos principais assentamentos da região.

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Nesta ilha vive uma tribo indígena conhecida como Sentineleses,  existe um mistério tão grande que a língua falada por seus membros e o número exato de pessoas são desconhecidos, inclusive pela própria India. Eles são extremamente hostis e rejeitam qualquer tipo de contato com pessoas fora da tribo. De fato, são considerados entre os últimos seres humanos a viver praticamente intocados pela civilização moderna.

 RISCOS DE EXTINÇÃO:

Estima-se que existam entre 50 a 500 pessoas da tribo na ilha, cuja visita é proibida – devido sobretudo ao risco de que os nativos sejam contaminados com doenças de fora. A falta de imunidade a doenças comuns pode ser fatal.

A Ilha Andaman aloja cinco tribos conhecidas como “particularmente vulneráveis”. Além dos Sentineleses, incluem-se os Jarawas, os Grandes Andamanenses, os Onge e os Shompen. A tribo Sentinelese, junto com os Jarawas, é uma das poucas tribos de caçadores-coletores no mundo.

A origem da tribo Sentinelese é atribuída a uma migração que teve início na África há 60 mil anos. Eles são conhecidos por seu modo de vida primitivo e ameaçado.

Sentineleses
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Os Sentineleses são destacados pelo uso de arco e flecha, com os quais caçam e se defendem, sendo altamente hostis a estrangeiros. Em 1974, um diretor de cinema que tentou filmar um documentário sobre a tribo para a National Geographic, recebeu uma flechada na perna.

Após o tsunami de 2004, autoridades indianas usaram helicópteros para verificar a condição da tribo, mas foram recebidas com flechas. A resistência da tribo a qualquer tipo de contato com o mundo exterior tornou impossível aproximações futuras.

Assim como na Ilha Andaman, há várias tribos isoladas no Brasil e em outros países sul-americanos, como Equador e Peru.

CULTURA E SOBREVIVÊNCIA:

A cultura material dos Sentineleses é pouco conhecida, com base principalmente em observações das tentativas de contato na última década do século XX. Eles vivem como caçadores-coletores, obtendo sua subsistência por meio da caça, pesca e coleta de plantas selvagens. Não há qualquer evidência de práticas agrícolas ou métodos de produzir fogo.

Sentinela do Norte
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MORTE DE MISSIONÁRIO:

Desde os 26 anos, John Allen Chau havia consolidado sua fé religiosa. Como missionário, decidiu viajar pelo mundo compartilhando os valores cristãos. Em sua jornada, descobriu a existência de uma tribo isolada na Ilha do Oceano Índico, composta por cerca de 200 pessoas nativas.

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John Chau | Redes sociais.

Na mente dele, seria o destino perfeito para John realizar o primeiro contato do mundo exterior e, principalmente, das crenças presentes na Bíblia. Assim, fez um caminho partindo da costa leste da Índia, tentando alcançar o remoto arquipélago de Andamão e Nicobar, onde a Ilha Sentinela Norte se localiza. Contudo, os planos do rapaz não foram executados à rigor.

Em 17 de novembro de 2018, ele contratou pescadores para levá-lo perto da ilha e chegou nadando, ignorando os avisos deles sobre a perigosidade da missão. Segundo suas anotações pessoais, a ilha era vista por ele como “o último bastião de Satanás” na Terra.”

Eles acertaram sua Bíblia com uma flecha. Apesar de estar usando apenas uma sunga para se aproximar, a segunda flecha acertou e matou o missionário. Como a ilha é preservada para os nativos, não houve investigação ou busca por seu corpo, gerando debates sobre intervenções em comunidades isoladas.

Fontes: BBC, Aventura na História, El País, Washington Post.

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